São 9 as ilhas que compõem um arquipélago sinónimo de beleza natural. A Oriente, em Santa Maria, as praias são quentes e de areia clara, e os vinhedos que cobrem as encostas em anfiteatro lembram escadarias para gigantes. São Miguel encanta com as Lagoas das Sete Cidades e do Fogo. No Grupo Central, Terceira, São Jorge, Pico, Faial e Graciosa dispõem-se harmoniosamente no mar azul por onde baleias e golfinhos espreitam. Terceira fala de história em Angra do Heroísmo. Faial é o fresco azul das hortênsias e o vulcão dos Capelinhos que lembra uma paisagem lunar. No Pico, a montanha nasce do mar, com os vinhedos plantados em negros campos de lava. Em São Jorge, o destaque vai para as Fajãs e para o seu queijo de sabor inconfundível. Graciosa tem campos cobertos de vinhas a  contrastar com peculiares moinhos de vento. A Ocidente, as Flores deslumbram com cascatas naturais e lagoas escavadas por vulcões e o Corvo que  é santuário de várias espécies de aves vindas dos continentes europeu e americano.

Com três Denominações de Origem Protegida, Graciosa, Biscoitos e Pico, os vinhos tranquilos da Região Demarcada dos Açores, refletem a influência marítima que se expressa em precipitação elevada e temperaturas amenas ao longo de todo o ano. Os solos muito pobres são de origem vulcânica e extremamente ricos em potássio dando origem a vinhos marcadamente iodados e salinos. Há mais de 5 séculos, percebeu-se que proteger as vinhas passava pela construção de muros de basalto que não só as resguardavam das intempéries, como libertavam calor durante a noite. As castas predominantes são o Arinto dos Açores, Boal, Fernão Pires, Terrantez do Pico e Verdelho. Os vinhos licorosos oferecem uma frescura e acidez notáveis e, a dado momento ficaram famosos por serem escolha dos Czares russos.